É melhor viver sozinho, do que viver mal acompanhado
Estava eu muito sossegada quando deparo-me com um comentário inusitado. O assunto era sobre a longevidade de um casamento, a senhora explicava que o segredo estava em não tentar mudar a "natureza" do homem. Que homem tem de ser livre, deixar tudo pelo chão e que quem não quer desarrumação que case com uma mulher! Pronto! Estragou tudo! Mas alguém no século XXI acredita que é mesmo assim?
Quando se decide viver com alguém, está-se a formar uma equipa, a "convocar" dois jogadores para participar no campeonato da vida. E se queremos marcar golos, sermos os melhores dos melhores, não podemos deixar o nosso companheiro sozinho. Temos de jogar juntos! Já lá vai o tempo em que a mulher ficava em casa por opção. E se bem que, ser dona de casa é um trabalho árduo sem remuneração a que muitas dizem sim sem problemas, outras, com todo o direito para isso, querem abraçar desafios maiores.
A entreajuda é fundamental numa relação. Demonstra amor porque quem ama quer ver o outro feliz. Demonstra respeito porque quem ajuda sabe que o outro não é escravo de ninguém. Em suma, a longevidade dos casamentos não se resume em deixar ser, mas sim, em completar o outro sem o anular, numa caminhada justa e igual na divisão dos deveres. Quando um sente que dá mais do que o outro, o fim está à vista...
Ninguém nasce programado. É na educação que construímos aquilo que somos. E é às mulheres que compete mudar. Mudar a forma de educar os meninos para transformá-los nos homens que desejaríamos ter. Os homens que receberam uma educação completa, tornam-se mais atraentes aos olhos de uma mulher. Porque enquanto os músculos trabalhados agarram por momentos, o espírito de entreajuda, de trabalho e sacrifício agarram por uma vida...