Quem gosta de ti, gosta e deixa-se gostar
Tinham-se cruzado por acaso.
Ela com um sorriso enigmático, solto, transparente.
Ele com o olhar profundo, de lábios desenhados pela barba que lhe pintalgava o rosto.
Ela com a sua vontade de saltitar na vida, nesse seu jeito adulto, por vezes semi-criança feliz que o enternecia.
Ele com o jeito calmo, protector, de quem não tem pressa para ir a lugar algum, e que era capaz de ficar ali a apreciar a vida que brilhava dos olhos dela.
Tinham-se cruzado por acaso, mas não num acaso qualquer. E sim num desses que por ironia, parecia ser muito mais que isso.
Talvez o destino. Sim, havia dias em que acreditavam que tinha sido o destino a juntá-los.
Sim, o destino que ditará ao longo da vida se, todo o empenho que estamos a colocar na nossa vida nos vai levar onde queremos ou para onde ele nos conduz...
Acredito que tal como a água, o contornamos, o moldamos, o influenciamos com as nossas decisões. Mas ele estará sempre lá e de forma oculta acabará sempre por nos traçar um caminho.
Gosto de acreditar que não nos cruzamos, uns com os outros, para entreter o tempo.
Que o amor nunca é em vão.
Que os sentimentos são o que são porque não podiam ser outros.
Porque nenhum outro nos mostraria mais um bocadinho da vida como ela realmente é.
Acredito num amor que seja tão completo e verdadeiro, que quase pareça ter sido feito á medida de quem o vive.
Num amor que dê vontade de abraçar com força, de partilhar tudo, de sonhar a dois, de acreditar em impossíveis-e de tornar os impossíveis em possíveis.
Acredito num amor terno, delicado, apaixonado, cúmplice, risonho, ardente, leve, solto, genuino...
Ontem acordei com vontade de ti... Hoje acordei com uma vontade imensa de ti...
-Sofia Faria
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