As diferenças entre gostar, estar apaixonado e amar.
O amor não se quantifica. Não se mede. Não sou mais apaixonada porque telefono mais vezes. Não sou mais dedicada porque o levo ás urgências do hospital sempre que ele espirra. Porque assim como há mil e uma maneiras de ser gente, há outras tantas mil de amar.
Confunde-se tudo.
Paixão com amor.
Amor com tesão.
E depois não compreendemos porque ele não desmaia sempre que nos vê, ou se excita sempre que nos toca.
Porque foi a um jantar de amigos em vez de ficar em casa agarradinho no sofá a ver um filme.
Porque falhou aquele convite para sair por causa do trabalho...
E não tarda nada, estamos a cobrar falta de atenção e amor a quem provavelmente transborda dele.
A paixão é a fase que antecede o amor. É a fase da cegueira completa. Do fazer coisas absurdas e despropositadas, loucas e divertidas, insano ou perversas. É o estado que tal como o álcool nos desinibe, levando-nos a fazer qualquer coisa pela conquista. Vivemos anestesiados que de outra forma não teríamos coragem sequer de avançar. Aqui somos todos idênticos: parvos, tolos, doidos incendiados pela paixão.